Fonte: Eurocontrol
SISTEMA DE AUMENTO BASEADO EM SOLO - GBAS
Traduzido do termo inglês Ground-Based Augmentation System, mais utilizado em aeroportos e mais precisamente em momentos de decolagem e pouso, serve para otimizar a precisão, continuidade e confiabilidade da navegação das aeronaves nas proximidades das pistas a uma cobertura média de um raio de 20 km a 30 km.
Este sistema visa reduzir incertezas e limitações dos desvios ocorridos em todo o translado do envio de sinais dos satélites aos receptores em terra, provendo maior eficiência. Também transmitido por torres e estações de comunicação ao redor das pistas e aeroporto. Normalmente com quatro estações de referência, contando com frequência L1, são transmitidas as correções de posição da aeronave.
Com toda essa estrutura, o fluxo de transmissão segue da forma seguinte: Estações RRS recebem os sinais satelitais, repassam às estações de cálculos e correções diferenciais (DGNSS), chamadas de PBS. Estas correções geram informações virtuais construídas pelo VDB e direcionadas às aeronaves mais próximas da chegada à região do aeroporto. Por fim, a gerencia de todo funcionamento das estruturas é fornecida pela IMS.
RRS – Range Reference Station – Estação de Referência de Distância;
DGNSS – Differential Global Navigation Satellite System – Sistema Global de Navegação por Satélite Diferencial;
PBS – Processing Base Station – Estação-Base de Processamento;
VDB – VHF Data Broadcasting – Estação VHF Difusora de Dados;
IMS – Integrity Monitoring Station – Estação de Monitoramento de Integridade.
Fonte: Instituto Brasileiro de Aviação.
SISTEMA DE AUMENTO BASEADO EM SATÉLITE - SBAS
Também traduzido do inglês, SBAS traz consigo a definição de Satellite Based Augmentation System, que se aplica a melhor versão da transmissão de dados por satélites aos receptores da mesma. Este maior desempenho de performance é realizado dentro de zonas específicas, onde há investimento para tal tecnologia.
Contrário ao GBAS, o SBAS utiliza dupla frequência (L1 – L2) para sua atuação, e por isso é mais aplicado em outras áreas. Tais como agricultura de precisão, transportes em geral, levantamentos geodésicos e também, na aviação.
A estrutura é dada por uma rede de referência global de estações de observações geodésicas. Há uma análise dos dados obtidos de receptores multifrequência pelas Estações Master, o que gera informações e metadados às Estações Uplink, estas que têm a função de repassar tais dados aos satélites geoestacionários e nestes satélites, como padrão, há transponders, os quais executam a transferência de mensagem aos receptores finais, ou seja, de aeronaves em voo e nos demais objetos que atuam o SBAS.
Explicando melhor sobre essas áreas continentais específicas onde ocorre a aplicação do SBAS:
WAAS – Wide Area Augmentation System – Sistema de Aumento de Área Ampla; – Coordenado pelos Estados Unidos.
EGNOS – European Geostationary Navigation Overlay Service – Sistema Europeu Complementar Geoestacionário; – Coordenado pela União Europeia.
SDCM – System for Differential Corrections and Monitoring – Sistema para Correções Diferenciais e Monitoramento; – Coordenado pela Rússia.
GAGAN – GPS-Aided Geo-Augmented Navigation – Navegação Geo-Aumentada Auxiliada por GPS; – Coordenado pela Índia.
QZSS – Quasi-Zenith Satellite System – Sistema de Satélite Quasi-Zenith; – Coordenado pelo Japão.
MSAS – Multi-funcional Satellite Augmentation System – Sistema Multifuncional de Aumento de Satélites; – Coordenado pelo Japão.
SNAS – Satellite Navigation Augmentation System – Sistema de Aumento da Navegação por Satélite; – Coordenado pela China.
SouthPAN – Southern Positioning Augmentation Network – Rede de Aumento de Posicionamento do Sul; – Coordenado por Austrália e Nova Zelândia, para iniciar operacionalmente em 2023.
WAGE – Wide Area GPS Enhancement – Melhoria de GPS de Área Ampla. – Coordenado pelos Estados Unidos, porém com acesso restrito aos militares.
Fonte: Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
SISTEMA DE AUMENTO BASEADO EM AERONAVE - ABAS
Aircraft-Based Augmentation System, é a tradução da sigla ABAS. Esse tipo de sistema exerce a função adicional aos sensores de aeronaves a fim de otimizar todo o armazenamento, repasse, confiança e estabilidade dos dados transmitidos. Deste moto a navegação dos voos se torna mais confiável e melhor analisada pelos profissionais, tornando todo o translado mais seguro.
De forma mais popular, é aplicado o método de RAIM – Receiver Autonomous Integrity Monitoring – Monitoramento de Integridade Autônoma do Receptor, o qual avalia o nível de confiança dos dados recebidos por GNSS.
Outra forma de aplicação é por meio de AAIM – Autonomous Aircraft Integrity Monitoring – Monitoramento de Integridade Autônoma de Aeronave, que serve como substituto imediato com a mesma função do RAIM, quando o RAIM está indisponível. O modelo AAIM funciona de acordo com o INS – Inertial Navigation System – Sistema de Navegação Inercial, este que verifica a veracidade dos dados GNSS recebidos.
Redator: Hugo Barros
Revisão: Iago Mello - Setor de Projetos
Referências:
Hugo e Iago, vocês estão de parabéns. Sou EngCart, trabalho há 14 anos com GBAS/SBAS (offshore) e não vi isso na faculdade. Primeiro bom conteúdo em português sobre o assunto. Espero que todas as faculdades de cart/agrim tenham ao menos 2h desse assunto, com uma profundidade conceitual como a que vocês colocaram. Filipe Modesto.