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  • Mensurar Júnior

A Cartografia em jogos eletrônicos

Vários jogos da atualidade usam-se de mapas para auxiliar os usuários numa maior jogabilidade e estratégia para chegar num ponto chave: vencer o adversário e/ou vencer todas as fases do game. Mas a aplicação da cartografia no meio dos games não é algo que surgiu há poucos anos, tendo um panorama geral, podemos citar diversos jogos “das antigas” que já utilizavam de mapas para aprimorar os jogos para os seus usuários, como o famoso jogo do Mario Bros, que tinha aquele mapa no estilo pixalizado, a qual cada fase que o jogador passava, um novo pedacinho do mapa ficava disponível, com novas descobertas e conquistas a serem desbloqueadas, dependendo da área do mapa. Outro jogo das antigas, e que o mapa se torna indispensável é o GTA (Grand Theft Auto), sem ele, as informações seriam muito complicadas de serem descobertas, fazendo com que o jogador perdesse muito tempo, além de se meter em perigos desnecessários.


Figura I: GTA V
Figura II: Mapa do Super Mario Bros

Diversos jogos baseiam a sua experiência em mapas na interação com um ou vários mapas sobre os quais nos orientamos. Pode – se perceber em grande escala, o uso de mapas em jogos, podendo ser mapas temáticos com o enfoque no planialtimétrico, isso porque neles mostram as altitudes, as imperfeições topológicas da área, a geologia, mas também mapas temáticos que podem trazer outros tipos de representação, como o da natureza, da hidrologia do lugar, além de casas, pontes, túneis, estradas e por aí vai, tudo com foco numa melhor jogabilidade para o usuário.

Os mapas são tradicionalmente utilizados como uma base para o jogador ter um determinado fim no game, no entanto, alguns problemas podem ser percebidos Em alguns jogos, são utilizados mapas reais, como no caso do Plague Inc, que você utiliza de estratégia, com o apoio do mapa Mundi, para dominar o mundo todo através do espalhamento de um vírus, bactéria ou outra forma pandêmica, podendo escolher qual sintoma, os graus de letalidade e a forma de transmissão. Além disso, o jogador deve-se desviar de ações do governo e da comunidade científica (antes que desenvolvam uma cura para a doença).


Figura III: Plague Inc
Figura IV: Seleção do seu objetivo

Em outros casos, são utilizados mapas inventados, que sempre obedecem a uma linguagem cartográfica exclusivamente pensada, a qual se adéqua ao clima que está inserido o jogo Assassin’s Creed é um bom exemplo de jogo, cujo tem o seu mapa inventado e bem inserido no clima do jogo. O jogo possui cidades históricas fielmente representadas, com uma interface simples e elegante, de tons neutros, tendo como representação um mapa com estilo sofisticado que se encaixa bastante com o tema do jogo.


O mapa deve obedecer um determinado fim: satisfazer a necessidade do usuário a qual fará uso dele. E isso de fato, torna parte do desafio de fazer uma experiência de uma melhor jogabilidade para a pessoa.

O mapa pode ser utilizado como uma ferramenta para o usuário ver de forma rápida uma estratégia, e inserido no canto da tela, que é o caso visto em Call Of Duty: Mobile. Você tem como viés para derrotar o seu inimigo, além da tela principal, um mapa pequeno que mostra o que tem a sua volta, e ver se existe algum inimigo, veículos próximos, ajuda dos companheiros ou armadilhas.


Figura V: Call Of Duty: Mobile
Figura VI: Interface do Call of Duty: Mobile

Na contramão, existem mapas que tem como funcionalidade um pensamento mais detalhado do seu uso, podendo ter gestão de várias variáveis, um emaranhado de informações, e que não canse tanto o jogador visualmente. Como exemplo, temos Lands of Lore, que leva o jogador a olhar o mapa diversas vezes e fazendo com que crie estratégias para não rodar em círculos, podendo desenhar esquemas ou criar sistemas para vencer.


Figura VII: Lands of Lore

A cartografia segue em largo avanço no mundo dos jogos, e como prova, podemos ver em World of Warcraft (WoW), a qual além do que já é proposto pelos criadores do jogo, como os mapas, personagens e artefatos já conhecidos, a comunidade se encarrega de classificar as informações e georreferenciá-las, podendo criar rotas de fuga, recursos e até mesmo mapa de inimigos muito raros. Esse georreferenciamento é o mesmo realizado em SIG (Sistema de Informação Geográfica), utilizando as coordenadas e as camadas de dados. Incrível né?


Figura VIII: World of Warcraft
Figura IX: Interface do World of Warcraft

Contudo, o designer gráfico deve ter alguns pensamentos bem estabelecidos ao criar um mapa: Como ter um resultado satisfatório para o cliente (jogador), isso é, com que estratégias sejam criadas ao utilizá-lo, e que ele consiga entender todas as referências e representações com o espaço a qual ele esteja inserido; o estilo gráfico deve casar com o clima que esteja estabelecido no jogo (ninguém irá entender o sentido de um jogo de tiro, com cores escuras e uma representação gráfica de um mapa todo rosa, com castelos coloridos e pôneis né?!); E por último, cada parte do mapa deve ter uma importância para o usuário, como a posição em que cada ‘user’ assume no território.


Redator: Carlos Alexandre

Revisão: Setor de Projetos


Referências:

https://www.bbc.com/portuguese/geral-51332385 https://teorientaai.blogspot.com/2018/03/cartografia-nos-jogos.html https://www.archdaily.com.br/br/783806/o-verdadeiro-potencial-da-linguagem-planimetrica-nosjogos-de-computador https://f5.folha.uol.com.br/nerdices/2020/02/plague-inc-jogo-com-missao-de-espalhar-doencas-nomundo-domina-ranking-dos-mais-baixados-apos-coronavirus.shtml https://www.publico.pt/2020/01/24/p3/noticia/neste-jogo-ganha-infecta-mundo-ficar-viral-china1901492 https://tcrf.net/Lands_of_Lore:_The_Throne_of_Chaos https://pt.wikipedia.org/wiki/World_of_Warcraft https://www.investificar.com.br/a-queda-da-economia-no-world-of-warcraft/ https://www.grandtheftauto5.fr/commandes-pc.html https://criticalhits.com.br/games/mapa-de-new-super-mario-bros-u-sera-semelhante-ao-de-supermario-world/


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